A medicina da longevidade é uma medicina preventiva personalizada, focada em biomarcadores relacionados ao envelhecimento e à longevidade.
Este campo da medicina abrange áreas como biogerontologia, gerociência, medicina de precisão, medicina preventiva e medicina funcional.
Com o envelhecimento da população mundial, estamos vivendo uma transição demográfica, que a medicina precisa entender e se adaptar. A previsão é que até 2050 a população acima de 65 anos represente cerca de 20% da população mundial. É curiosa a maneira como a maioria das instituições de saúde encara o envelhecimento. A maioria não considera o envelhecimento como doença, entretanto, os dados demonstram que não se pode aceitar o envelhecimento como um fator de risco inevitável para o desenvolvimento de doenças e para o aumento da mortalidade.
As evidências publicadas são claras e demonstram que medidas de saúde que focam apenas em doenças específicas são estratégias equivocadas. Por outro lado, medidas em saúde com foco em reduzir o envelhecimento populacional diminuem, de fato, o risco de progressão de todas as doenças crônicas, reduzem a mortalidade por todas as causas e melhoram a qualidade de vida da população de maneira significativa.
O envelhecimento é um processo multifatorial complexo, acompanhado de diversas alterações genéticas e epigenéticas, que torna os pacientes mais propensos à maioria das doenças crônicas.
A medicina da longevidade busca maneiras de aproximar a idade biológica real da idade biológica ideal de cada paciente, com o intuito de reduzir as taxas globais de mortalidade e morbilidade de toda população mundial.
O envelhecimento é o maior fator de risco para a maioria das doenças agudas e crônicas.